Resumo da Sessão:
Portugal tem uma repartição modal desequilibrada pelo elevado peso do transporte individual.
Em 2019 foi aprovada a “Estratégia Nacional para a Mobilidade Ativa Ciclável 2020-2030” (ENMAC), assumindo a ambição de pretender dar um contributo para a descarbonização da mobilidade, favorecendo opções de deslocação mais sustentáveis como a utilização da bicicleta. Simultaneamente, pretender maximizar os benefícios para a saúde dos cidadãos, proporcionando-lhes hábitos de vida mais saudáveis.
Na área metropolitana de Lisboa, desenvolver e disponibilizar aos técnicos e decisores, uma ferramenta digital (biclaR) que modelou a captação de utilizadores de bicicleta, mapeando a rede ciclável potencial e prioritária e medindo os impactes sociais e ambientais representou mais uma, das diversas, abordagens e ações que se impõem para a promoção dessa mobilidade sustentável.
A existência de uma infraestrutura ciclável confere uma “transição sem dor” para a utilização quotidiana da bicicleta, e que terá de ser reforçada por outras medidas de ordenamento do território, de sensibilização e alteração de comportamentos, de garantias também de estacionamento, de articulação, complementaridade e integração com os transportes públicos e mesmo o carro, de sistemas partilhados, de novos serviços de transporte (de entrega de encomendas e mercadorias, de “táxi”, etc) e a valorização da bicicleta também da fruição e lazer.
O biclaR insere-se nesta estratégia integrada, que assume a relevância da infraestrutura, e que modelou o potencial de captação para 3 cenários: As metas definidas pela Estratégia Nacional de Mobilidade Ativa Ciclável (ENMAC); a utilização da bicicleta elétrica (maiores distâncias, menor relevância da topografia, alargamento de potenciais utilizadores); A utilização da bicicleta como complemento a viagens de transporte público.